Eduardo Bolsonaro se confunde e coloca Bahia no Sudeste em crítica à reforma tributária

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Eduardo Bolsonaro critica reforma tributária e publica mapa incorreto com Bahia no Sudeste.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) causou polêmica ao publicar um mapa incorreto do Brasil em uma crítica à reforma tributária. Na imagem divulgada pelo parlamentar, a Bahia e o Sergipe foram erroneamente colocados na região Sudeste, enquanto São Paulo, estado pelo qual o deputado foi eleito, apareceu na região Sul. A publicação tinha como objetivo argumentar sobre um possível aumento nos impostos da cesta básica decorrente da reforma tributária.

No mapa compartilhado por Eduardo Bolsonaro, o Brasil estava dividido de acordo com uma divisão regional de 1913, que incluía as regiões Setentrional, Norte Oriental, Central, Oriental e Meridional, em vez do atual modelo com as regiões Norte, Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste e Sul. Além disso, estados como Roraima, Rondônia, Amapá, Mato Grosso do Sul, Tocantins e o Distrito Federal não estavam presentes na ilustração.

Após receber críticas e repercussão negativa, o deputado apagou a publicação no Twitter e a republicou no Instagram com a correção do mapa. Em sua nova postagem, ele justificou seu posicionamento contrário à reforma tributária.

Enquanto aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, são favoráveis à proposta atual da reforma tributária em tramitação na Câmara dos Deputados, Tarcísio pretende procurar Bolsonaro para convencê-lo a mudar de ideia sobre o assunto.

 

 

A incorreção do mapa feita por Eduardo Bolsonaro, que também omitiu estados como Roraima, Rondônia, Amapá, Mato Grosso do Sul, Tocantins e o Distrito Federal, tornou-se motivo de piada nas redes sociais. Além disso, a crítica do deputado ao Estado de São Paulo, que não está localizado na região Sul, propagava uma notícia falsa sobre a reforma tributária ao atribuir a ela o encarecimento da cesta básica.

Na noite desta quarta-feira (5), o relator da reforma tributária, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), esclareceu que a isenção da cesta básica foi incluída no projeto e estará prevista na Constituição.

“Para acabar com a desinformação, estamos trazendo à Constituição a cesta básica nacional de alimentos e ela tem alíquota zero. Isso é para que ninguém diga que vamos pesar a mão sobre os mais pobres”, afirmou o relator ao apresentar as alterações feitas no projeto no Plenário.